Hospital Regional de São Miguel do Oeste anuncia limite de capacidade de atenção

Foto: Joice Kroetz

Na manhã desta terça-feira, 02, o Hospital Regional Terezinha Gaio Basso – Instituto Santé, de São Miguel do Oeste, realizou uma coletiva de imprensa, online, para tratar sobre assuntos da Covid-19 e da situação do Hospital diante da pandemia. A capacidade máxima de atenção foi anunciada.

Estavam presentes para o repasse de informações o diretor geral, Rodrigo Lopes, a diretora técnica, Katia Bugs, o diretor clínico, Cassio de Nakano e a médica infectologista, Priscila Bratkowski.

O diretor geral, Rodrigo Lopes, iniciou a coletiva resgatando alguns dados do Hospital, coletados desde o início da pandemia, enfatizando as adequações que a instituição realizou nas últimas semanas, que tiveram o intuito de aumentar o número de leitos. Atualmente o Hospital disponibiliza 25 leitos para a UTI e 16 leitos para a enfermaria Covid-19, ambos com 100% de ocupação. “Ontem, dia 1°, atingimos nossa capacidade máxima de atenção. Não temos mais onde colocar pacientes” relata Lopes. “Nossa capacidade técnica e física foram esgotadas, e ainda temos pacientes aguardando leitos”, complementa.

Nas últimas semanas, o Pronto Socorro teve um crescimento exponencial de pacientes aguardando leitos. A direção enfatiza que essas pessoas que aguardam estão sendo assistidas, ou seja, estão com ventilação mecânica, assistência médica e de medicamentos, assim como os demais internados no Hospital.

“A gente tem notado uma mudança no perfil dos pacientes. Alguns meses atrás víamos idosos, com problemas de saúde e obesos. Hoje em dia, a maioria está abaixo de 75 anos, alguns deles com problemas de saúde, mas nem todos, há pacientes atletas também”, alerta Dra. Priscila Bratkowski.

Em relação à ocupação máxima no Hospital, a diretora técnica, Katia Bugs, explica que, os pacientes que aguardam leitos no Pronto Socorro, irão chegar à UTI se alguém receber alta melhorada ou evoluir para óbito. “Os leitos de UTI possuem baixa rotatividade, e com a demanda alta de pacientes chegando, não conseguimos absorver todos”, complementa.

Para finalizar, o diretor clínico, Cassio de Nakano, faz uma reflexão sobre a atual situação. “A única maneira que temos para prevenir isso é se cuidando. Não existe outra saída no momento. A gravidade da situação está pior do que antes, nunca esteve tão ruim. Estamos fazendo tudo o que podemos e até mais. 60% dos que entram no Hospital por Covid-19 estão morrendo”, alerta.

Cenário atual:

  • 100% de ocupação em leitos de UTI Covid-19, UTI Geral e enfermaria Covid-19;
  • 15 pacientes aguardam leito de UTI, sendo 10 entubados;
  • 403 pessoas já internaram na enfermaria, destes 231 foram para a UTI;
  • Em 2020 foram 80 óbitos. Em 2021, já são 59 óbitos em apenas 2 meses, totalizando 139 óbitos.
  • Falta de profissionais e equipe esgotada;

Você pode conferir a coletiva de imprensa completa aqui: https://youtu.be/g0KOtr41jHw.